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Transtorno bipolar: o que é, sintomas e tratamento

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, em 2019, o transtorno bipolar atingiu cerca de 140 milhões de pessoas no mundo. Conhecido antigamente como “psicose maníaco-depressivo”, as pessoas que possuem o transtorno são acometidas, na maioria das vezes, com oscilações frequentes de humor, acompanhadas de outros sintomas. 

Identificar e entender o transtorno bipolar é fundamental para saber quais são as melhores intervenções terapêuticas para o seu controle, o que pode possibilitar ao paciente maior qualidade de vida. 

O que é o transtorno bipolar?

O transtorno bipolar (TB) é um distúrbio que se inicia na infância, adolescência ou já na fase adulta. Segundo a Associação Brasileira de familiares, amigos e portadores de transtornos afetivos (ABRATA), 60% dos casos de transtorno bipolar se manifestam na adolescência, porém, são diagnosticados apenas na idade adulta. 

É caracterizado como alterações constantes de humor e energia, que se alteram em crises de depressão e euforia (mania ou hipomania) e em períodos assintomáticos ao decorrer da vida, sendo que esses momentos podem variar de intensidade, duração e também frequência. 

Na mania, por exemplo, a pessoa apresenta um estado de euforia, autoestima e autoconfiança exuberante, onde também pode tomar atitudes prejudiciais para si próprio e às pessoas próximas, sendo que em casos graves há delírios e alucinações. Já na hipomania, a pessoa possui sintomas semelhantes à mania, porém de forma mais leve e de menor repercussão sobre seus relacionamentos e atividades do dia a dia, sendo que, em geral, as crises são breves e de pouca duração. 

Além disso, o transtorno se manifesta de maneiras diferentes, acontecendo de forma repentina ou devido à gatilhos e estímulos. Essas mudanças de humor constroem um reflexo negativo nas atitudes e comportamentos, causando uma reação desproporcional aos fatos que motivaram tal situação. 

Tipos de transtornos

O transtorno bipolar possui 4 tipos básicos e todos envolvem mudanças claras no humor, na energia e nos níveis de atividade da pessoa. Os estados variam em períodos de comportamentos extremamente ascendentes, sempre exaltados e energizados (episódios maníacos) à períodos muito tristes e desanimados (episódios depressivos), sendo que os períodos maníacos menos severos são conhecidos como episódios hipomaníacos. 

  • Transtorno bipolar Tipo I: A pessoa apresenta períodos de mania que duram, no mínimo, sete dias, além de fases de humor deprimido, que podem se estender por semanas ou meses. Esses momentos criam sintomas intensos que causam mudanças comportamentais profundas, comprometendo relações afetivas e sociais, prejudicando também o desempenho profissional e até mesmo a segurança do paciente. Dependendo do agravamento do quadro, é necessário internação hospitalar, devido ao risco de suicídio e complicações psiquiátricas
  • Transtorno bipolar Tipo II: No tipo II, episódios de tristeza profunda e depressão são mais comuns. Há também oscilação entre a hipomania e depressão, levando muitas vezes ao otimismo ou agressividade, sendo que a pessoa sofre alterações comportamentais que afetam suas atividades do dia a dia, no convívio familiar e social. 
  • Transtorno ciclotímico: É caracterizado como o quadro mais leve do transtorno bipolar, com oscilações crônicas de humor que mudam durante o dia. O paciente também alterna entre os sintomas de depressão leve e hipomania, que na maioria das vezes são entendidos como próprios de um temperamento instável. 
  • Transtorno bipolar não especificado ou misto: Neste caso, sugerem o diagnóstico de transtorno bipolar, mas não são suficientes nem em número ou tempo de duração para classificar a doença, como no tipo I e II. 

Causas 

Ainda não há uma causa exata para o desenvolvimento do transtorno. Estudos indicam que o problema está associado às alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, como a serotonina e noradrenalina, e algumas situações podem precipitar a manifestação do distúrbio em pessoas predispostas geneticamente.  

Sintomas

Segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), 60% dos casos se manifestam na adolescência, mas só é identificado na fase adulta. No transtorno bipolar há várias etapas e cada uma se manifesta de forma distinta, assim como os sintomas. 

Sintomas do transtorno em fase de Mania ou Hipomania: 

Nesta fase, a pessoa tem alterações de energia, como agitação, insônia ou a necessidade de dormir pouco, mudanças no comportamento, como dificuldade de concentração, delírios, alucinações, agressividade e até mesmo hábitos de risco, como sexo sem proteção. Confira outros sintomas:

  • Irritabilidade;
  • Ganho de peso;
  • Fala compulsiva;
  • Culpa excessiva;
  • Aumento da libido;
  • Ideias suicidas;
  • Agitação psicomotora;
  • Falta de Interesse pela vida;
  • Falta de foco e de atenção nos objetivos. 

 

Sintomas do transtorno em fase depressiva: 

Na fase depressiva, a pessoa tende a sentir mais fadiga, falta de energia e culpa excessiva, apresentando ideias negativas, sem prazer na vida. Além disso, pode apresentar sintomas como: 

  • Redução da libido;
  • Apatia;
  • Culpa excessiva;
  • Ideação suicida;
  • Humor deprimido;
  • Alterações de apetite;
  • Agitação psicomotora;
  • Descontrole ao coordenar as ideias;
  • Queda no desempenho escolar ou no trabalho;
  • Desinteresse pelas atividades de lazer e profissionais.

Diagnóstico

Na maioria dos casos, o diagnóstico costuma ser bastante difícil. É um diagnóstico clínico que leva em conta o histórico familiar e relato de sintomas. Devido ao desconhecimento sobre a doença e a variação dos sintomas, em média, pode levar dez anos para realizar o diagnóstico efetivo, pois os sintomas podem ser confundidos com outras doenças como esquizofrenia, síndrome do pânico, distúrbios de ansiedade e depressão. 

Tratamento

O transtorno bipolar não possui cura, mas pode ser controlado. O tratamento é feito com o uso de medicamentos contínuos, psicoterapia, mudanças no estilo de vida e alimentação. 

De acordo com a gravidade e do tipo de transtorno, a prescrição de medicamentos, como neurolépticos, antipsicóticos e estabilizadores de humor, mostram-se úteis para reverter quadros mais agravantes dos quadros de euforia, além de evitar a constância de crises. 

Além disso, a psicoterapia é fundamental para tratamento do transtorno bipolar, onde oferece suporte e acolhimento para a pessoa, promovendo também a adesão do tratamento medicamentoso. O tratamento deve ser seguido à risca, a fim de evitar quadros de instabilidade emocional e crises, o que assegura o paciente de levar uma vida praticamente normal. 

Dia Mundial do Transtorno Bipolar

Dia 30 de março é celebrado o Dia Mundial do Transtorno Bipolar. O dia foi escolhido por ser o aniversário do pintor holandês Vincent Van Gogh, que foi, postumamente, diagnosticado como provável portador da doença. O objetivo é conscientizar a população mundial para os transtornos bipolares, além de eliminar estigma social, levando informação sobre a doença. 

 

*Atenção: As informações existentes no Blog do Clude pretende apoiar e informar, não substituindo a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal.

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